sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Rallye Torrié marca regresso ao asfalto.

A prova organizada pelo clube do Porto, volta a abrir as hostilidades dos ralis Nacionais, e apresentará uma mudança radical em relação ás últimas edições, pois o Targa Clube vai fazer desenrolar a sua prova em piso de asfalto, o que no fundo será um regresso ás origens. O rali vai para a estrada nos próximos dias 5 e 6 de Março, (Sexta-feira e Sábado) de novo nos Concelhos da Póvoa de Lanhoso e de Vieira do Minho, que reafirmam assim a sua aposta no apoio a este evento que marcará o arranque do campeonato de Portugal de Ralis.

Esta mudança já tem vindo a ser mencionada em diversos órgãos de Comunicação Social e no meio automobilístico, e portanto, a novidade já não é nesta data total. E foi a partir deste tema que se lançaram várias questões a Fernando Batista, o Presidente do Targa Clube que agora reproduzimos e que servem como pequeno avanço à apresentação oficial do evento que em breve será agendada.

- Quando estamos a menos de dois meses do Rallye Torrié 2010, quais as suas perspectivas para a prova?

F.B.- Que seja uma edição que lembre os muitos ralis em piso de asfalto que o Targa Clube realizou nas mais de quatro décadas de existência do clube. As vicissitudes do desporto de tempos a tempos levam-nos a ter de enfrentar mudanças. Sempre estivemos aptos a dar resposta, creio eu com resultados positivos, e este é mais um desafio que vamos enfrentar, sempre em prol dos ralis e dos objectivos a que o clube se propõe.

- O que motivou esta mudança para o asfalto no ano de 2010?

F.B. – Apenas uma questão motivou esta mudança, os elevados encargos necessários para a recuperação e manutenção dos pisos em terra que como sabemos exigem das autarquias envolvidas um elevado esforço financeiro, nomeadamente e de forma mais incisiva, à autarquia de Vieira do Minho, responsável pela zona da Serra da Cabreira onde se realizavam mais quilómetros. Objectivamente falando, se um clube organizador pudesse interromper a efectivação das suas provas e retomá-las mais tarde sem implicações, seria muito mais fácil. Neste caso concreto, cabe ao clube gerir as dificuldades que se lhe deparam e encontrar as soluções que lhe parecem ser as mais correctas e viáveis para continuar em frente nos seus objectivos.

- Porque é que só hoje se tornou público que o rali é em asfalto?

F.B. – Toda a logística inerente à prova, e particularmente no capítulo da segurança e na relação com as autoridades competentes, assim como a consequente aprovação do regulamento da prova levam o seu tempo e não permitiram ao Targa Clube anunciar previamente e oficialmente tal alteração. Apenas quando todas as entidades se pronunciaram, e se deixou de ter expectativas e passamos a ter certezas, foi possível tornar públicas as opções para o rali, o que hoje efectivamente acontece.

- Contudo a prova ao ser realizada em asfalto acarreta uma necessidade de meios diferente, certo?

F.B – Obviamente um reforço nos meios humanos e técnicos enquadrados no esquema de segurança da prova. A sensibilização junto das populações e localidades por onde o rali decorrerá vai crescer. Os meios humanos na generalidade serão em maior número, o que acarretará também outros custos, neste caso, a cargo do clube. Em contrapartida, a tranquilidade de em caso de condições climatéricas adversas, sabermos que a possibilidade de termos de gerir situações críticas quanto ao piso é bastante mais pequena num rali de asfalto. Já tivemos no passado exemplos muito recentes que nos demonstram isso.

Com a divulgação do regulamento geral da prova ficou já a conhecer-se a estrutura geral do rali, e onde já se pode ver o programa proposto para os dois dias de competição, programa esse que será pormenorizado na apresentação oficial do Rallye Torrié que decorrerá em breve.

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