terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Taça de Ralis da Terceira

É lícito afirmar que a presente edição da Taça de Ralis da Ilha Terceira superou as expectativas mais optimistas?
Sem qualquer sombra de dúvida! É uma iniciativa que mudou a face dos ralis nos Açores em geral e na Terceira em particular, dando a conhecer novos valores e iniciando muitos pilotos nestas andanças. Creio que todos os objectivos intrínsecos a este projecto foram largamente ultrapassados, o que me deixa sobremaneira satisfeito.

Em face do quadro vigente, é ponto assente a continuidade da prova?
Infelizmente, não. Estou a ponderar se, de facto, vale a pena continuar com a Taça de Ralis da Ilha Terceira, atendendo a que os apoios existentes estão longe de satisfazer as necessidades. Sou apologista que não se deve onerar ainda mais pilotos e navegadores, que, como se costuma dizer, fazem das tripas coração para participar nas provas. Perante este cenário, o futuro da competição afigura-se, no mínimo, bastante complicado.

Quando sublinha a falta de apoios refere-se às entidades oficiais ou particulares?
Não temos qualquer razão de queixa das chamadas entidades oficiais. Antes pelo contrário. Tanto as autarquias como o executivo regional têm sido extraordinários, acarinhando este projecto e percebendo a sua real dimensão. As dificuldades relacionam-se com os privados, pois, ao que parece, a crise chegou ao mundo dos ralis. Colocar uma prova na estrada acarreta custos elevadíssimos e sem dinheiro tudo se torna complicado. As empresas têm vindo a reduzir a sua contribuição de ano para ano e, sinceramente, o cerco é cada vez mais apertado. Prometi novidades bombásticas para a 3.ª Gala de Ralis da Ilha Terceira mas, sendo certo que ainda estão em curso algumas diligências, a tendência é para que a Taça de Ralis acabe.

Qual é que tem sido o papel do TAC – Terceira Automóvel Clube em todo este processo?
O TAC tem sido um parceiro inseparável e de uma utilidade extrema ao longo destes três anos. Como tal, aproveito para agradecer publicamente a profícua colaboração da prestigiada colectividade, em especial do seu presidente, Gerardo Rosa. Como se sabe, não sendo uma prova federada, a Taça de Ralis da Ilha Terceira implicava alguns riscos. No entanto, desde a primeira hora que a Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting percebeu as especificidades próprias do projecto, que visava apenas e só a promoção da modalidade. Também aqui, é da mais elementar justiça reconhecer a acção preponderante do TAC. O êxito da Taça de Ralis da Ilha Terceira é de todos aqueles que, directa ou indirectamente, contribuíram para a concretização da iniciativa.

in "Diário Insular" - Angra do Heroísmo

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