quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Campeão Nacional já em testes

Bruno Magalhães, tricampeão nacional de Ralis, deslocou-se ontem aos Alpes franceses para uma sessão crucial de testes com vista à participação no Rali Monte Carlo, prova de abertura da época do IRC, em Janeiro.


Ao volante do 207 Super 2000 da Peugeot Sport, o campeão nacional conduziu pela primeira vez em neve e deu o “pontapé de saída” na preparação da Equipa portuguesa para um dos ralis mais míticos do mundo.

O dia de testes organizado pela Peugeot Sport na região de Valloire foi um verdadeiro baptismo sobre a neve para Bruno Magalhães que, acompanhado pelo colega de equipa Carlos Magalhães, fez praticamente 170 km de treino nestas difíceis condições, testando todos os tipos de pneus disponíveis para a Equipa.

Bruno Magalhães é a jovem esperança portuguesa na próxima edição do emblemático Rali Monte Carlo, um rali com um fascínio único, que pertence ao clube exclusivo das provas mais antigas do automobilismo. Mas a singularidade das condições em que esta prova se desenrola fazem dela um caso à parte. As estradas alpinas cobertas de neve e gelo exigem experiência e tornam a escolha de pneus um exercício de quase adivinhação, pelo que os testes de ontem foram determinantes.


“Sendo a primeira vez que conduzo em neve, acho que os testes foram muito proveitosos e que me adaptei muito bem a estas condições tão diferentes das que encontramos no campeonato português”, começou por referir Bruno Magalhães, “Foi muito positivo podermos experimentar todos os tipos de pneus disponíveis, já que o grande desafio era perceber exactamente qual a melhor aderência que conseguimos obter para o nosso 207 Super 2000.”


Durante o dia, os engenheiros da Peugeot Sport que acompanharam o campeão português aproveitaram para testar diferentes diagramas de amortecedores, de modo a obterem um melhor feedback do piloto.

A lutar contra o tempo nos Alpes franceses, e sob 13ºC negativos, o piloto da Equipa Peugeot Total reconhece que “esta foi uma jornada de trabalho em que tudo foi novo para nós. A sensação de rolar em neve e gelo foi boa e foi uma estreia absoluta, sem termos de comparação com a condução em pisos de terra ou de asfalto como temos em Portugal.”

Ao olhar para os possíveis ensinamentos que pôde retirar para o próximo desafio da Equipa, o Rali Monte Carlo, Bruno Magalhães mostra-se consciente das enormes dificuldades que o esperam: "Uma coisa é andar em testes, onde as trajectórias vão ficando mais visíveis e conhecidas à medida das passagens que fazemos, e outra completamente diferente é conduzir em prova. Aí o mais difícil será “ler” o terreno à primeira, e o Rali de Monte Carlo é sobejamente conhecido por ser um dos mais complicados do mundo, seja pelas classificativas encadeadas em condições muito diversas, seja pelas armadilhas que as diferenças de terreno podem ocultar aos pilotos”, concluiu.

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