quinta-feira, 29 de outubro de 2009

No passado sábado, e pela segunda vez, participei numa prova da taça de ralis Ilha Terceira, navegando o meu amigo Nuno Rosado, desta feita para uma estreia nos pisos de terra e tripulando o Peugeot 205 1.4, que simpaticamente nos foi cedido pelo Paulo Maciel, grande piloto e companheiro, que viria a ser o grande vencedor da jornada. Aliás, e sendo que há alguns meses este participação estava a ser “negociada”, mais do que fazer a prova, deu um gosto especial poder ajudar à vinda dos manos Maciel (Paulo e Duarte), que se fizeram acompanhar dos seus
navegadores habituais, o Filipe Gouveia e o Tiago Silva, esse um velho amigo de outros tempos, com quem sempre sabe bem partilhar estas coisas dos ralis. Para além de terem sido eles os dominadores do Circuito de Outono, podemos concluir como muita positiva a nossa entrada em acção no escorregadio troço escolhido pelo Olavo Esteves para esta prova de Outono. Aliás, a ele também se deve a participação, que se repetirá em breve. Quanto à prova do “laranjinha” com o número 38 foi mais ou menos assim:
Na sexta-feira foram cerca de 4 quilómetros apenas para ambientar o piloto à novidade de um carro com pneus de terra, sendo que deu para aferir a vivacidade do pequeno 205, dotado de uma boa suspensão e impecável de aparência, à boa maneira dos Maciel, que não deixam mal nenhum fotógrafo… No sábado de manhã era natural alguma ansiedade. Notas novas, com base no rascunho da Carla Rosado e (bem) aconselhadas pelo Fernando Meneses, troço a escorregar bastante, e uma primeira classificativa feita com cuidados, em ritmo solto, e com a terceira velocidade a não entrar à primeira algumas vezes. No fim dos 4200 metros: 3,39,7 e a surpresa de termos igualado, dentro dos VSH, a liderança do Lizuarte Mendonça, do Ricardo Moura e do Hélder Pereira, sem dúvida os homens apontados para o pódio, juntamente com o Carlos Andrade, que tinha feito apenas mais duas décimas. Mesmo a apalpar o carro e o terreno, o comando da categoria, embora partilhado, e o sétimo tempo à geral,
deixavam no ar a possibilidade de um resultado interessante. Se o primeiro troço já atrasara devido ao despiste do Chico Costa, novamente a prova parou na 2ª PE, desta feita pelo aparatoso capotanço do Fernando Meneses, felizmente sem a equipa sofrer mazelas físicas. Um longo intervalo cortou bastante o ritmo, mas era nas passagens da tarde que agora pensávamos. Na versão a descer do troço, as primeiras curvas da 3ª PE foram feitas com algum cuidado, a enorme vala passada sem mácula, e a seguir um toque duro numa pedra escondida a meio dos trilhos acabou com as expectativas. O 205 ficava sem uma vareta da caixa de velocidades, e seguimos troço fora apenas com terceira velocidade – a que estava engatada -, deixando bem ver que o Nuno já dominava o carro com à vontade, pois ainda fomos quintos dos VSH, perdendo embora as hipóteses de um lugar perto do pódio.


Na ligação tudo fez o mecânico/piloto do pequeno carro francês para colmatar a avaria, sendo de realçar que os nossos “colegas” Maciel ficaram tão ou mais tristes do que nós face ao sucedido mas, de facto, a vareta tinha sido mesmo arrancada do lugar, pelo que a solução foi engatar novamente a terceira velocidade (directamente na caixa, pois a alavanca estava por sua conta…), e assim efectuar a derradeira especial onde, ainda assim, apenas piorámos nove segundos o nosso crono. No final das contas, o resultado era bem bonzinho, pois com os problemas ainda fechamos o Top-5 dos não-homologados, terminando em 13º entre os 32 sobreviventes da prova.

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