Bernardo Sousa / Nuno Rodrigues da Silva tiveram de suar e de revelar muita crença para conseguir chegar ao triunfo no Rali Torrié, onde efectuavam a estreia nacional do Ford Fiesta S2000.
Da parte da manhã, a escolha de pneus não se revelou de todo acertada, com o piloto madeirense a explicar que os pneumáticos vinham a perder a aficácia. Isso explicava porque razão os Grupo N estavam tão perto, e porque razão Miguel Campos e Pedro Peres tinham andado a poucos segundos do Fiesta.
De tarde o Fiesta não revelou a superioridade esperada para um S2000, sendo notório que perdia bastante tempo nos troços rápidos para os N4 e para o Porsche de José Pedro Fontes. Pedro Peres ficou fora da luta ainda de manhã com um furo, depois de uma excelente réplica dada. Miguel Campos continuou a pressionar mas acabou fora da estrada a dois troços do final do rali.
Estes dois troços poderiam ser o "passeio" de Bernardo Sousa, mas isso só aconteceria se o deiferencial traseiro não se quebrasse. Foram dois troços de expectativa, para ver se o tempo perdiodo permitia ficar com o triunfo, o que veio a acontecer por 6,6s. "Foi um rali francamente rápido e onde alguns adversários contavam com uma vantagem adicional assente na potência dos seus carros. Mas conseguimos gerir esse facto, atacando onde nos era mais favorável e defendendo-nos no restante. No final conseguimos a vitória mas quase morríamos na praia, pois nos últimos troços começámos a sentir alguns problemas. Primeiro ficámos sem tracção traseira e depois sem direcção assistida. De uma assentada, perdemos mais de 50 segundos da vantagem que tínhamos sobre o Vítor Pascoal, chegando ao final da prova com uma diferença de apenas 6,6 segundos," explicou o piloto.
Vitor Pascoal teve uma prova de opostos. Uma escolha errada de afinações e pneus, atirou-o para lugares pouco recomendáveis de manhã, mas de tarde recuperou, e ficou a 6,6 segundos de vencer a prova. Para o piloto de Amarante é um bom resultado tendo em conta que utiliza o Peugeot 207 S2000 com as evoluções de 2008. Ricardo Moura também sai satisfeito do Minho, já que revelou um andamento consistente no início desta sua segunda temporada de CPR. Resistiu até onde pode ao Peugeot de Pascoal, mas começou o ano com um pódio.
Alberto Meira e Vitor Senra regressam a Espanha com um bom resultado. O vencedor da primeira prova do campeonato espanhol nunca teve andamento para se bater com os restantes N4, mas acabou por beneficiar dos problemas dos adversários para cegar ao 4º lugar. Vitor Senra colocou o Peugeot 206 S1600 como o melhor 2WD. Depois de um furo matinal, José Pedro Fontes tentou recuperar e acabou por triunfar entre os concorrentes inscritos no CPR2, ganhando folêgo para, quem sabe, trazer este Porsche mais vezes ao CPR.
João Ruivo acaba por conseguir um 2º lugar no CPR na sua estreia, na frente de Adruzilo Lopes que teve uma derradeira superespecial para esquecer. O piloto de Vizela cometeu um erro de percurso, o que o fez perder a liderança no CPR2 que parecia garantida. Ricardo Marques foi o 9º e melhor do Citroen C2, tendo podido respirar de alívio a partir da altura em que Ivo Nogueira saiu de estrada.
Texto: Sportmotores
Foto:Bruno Fernandes
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